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domingo, 5 de maio de 2013

ARMADILHA CASEIRA PARA MOSQUITO DA DENGUE

alunos mostrando as armadilhas prontas
MOSQUITÉRICA
     Todos nós sabemos como evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue, tais como: manter os quintais limpos, evitar água parada, manter lixeiras tampadas, virar garrafas abertas para baixo ou tampá-las, etc. Entretanto, os alunos da professora Janete (4º ano 'D') e da professora Ester (5º ano 'D') em parceria com o professor de Educação Física Nilton mostraram outro método. Trata-se de uma armadilha para mosquitos da dengue, que tem o objetivo de impedir a proliferação do
alunos durante a confecção
das armadilhas
mosquito aedes aegypti em sua casa e no seu bairro e ainda reciclar garrafas pet.
     Vale salientar que existem muitos casos de dengue na cidade de Salto e principalmente no bairro Jardim das Nações onde a maioria dos alunos residem e também onde está localizada a escola Zezito. A ideia surgiu após uma reportagem na TV sobre armadilhas feitas com garrafas pet, e como a escola
Espalhando as armadilhas pela escola
estava em plena campanha para arrecadar materiais recicláveis e estava trabalhando esse tema na sala de aula a ideia surgiu naturalmente. Foram confeccionadas 30 armadilhas, sendo que 25 foram entregues aos alunos para serem colocadas em suas residências e 05 armadilhas foram colocadas na própria escola.
           Para fazer a armadilha é fácil e barata. os materiais são os seguintes:
colocando água na armadilha

- Tesoura; Fita isolante; Lixa de madeira; tecido Microtule;
- 1 garrafa plástica de 2 litros; Lacre da própria garrafa;

- Grão cru e Água.
        O principio é simples, o mosquito coloca seus ovos perto da água, as larvas nascem, passam pela tela, crescem e não conseguem voltar, ficando presas dentro da garrafa e com isso acabam morrendo.

Alunos divulgando o projeto para outras turmas
Como fazer uma Armadilha para mosquito da 
dengue caseira e com garrafa Pet reciclada


IMPORTANTE:
- o microtule é um tecido mais fino que o tecido tule (filó), usado para fazer véu de noiva.

DICA: algumas pessoas estão vendendo tule (tecido usado para fazer o véu de noiva) como se fosse microtule, então sugerimos que chegue na loja e peça o tule, para depois então, pedir o microtule. Assim poderá comparar e ter certeza de qual é o microtule; aquele que tem a trama (furinhos) menor que o tule.

- a tela-mosquiteiro fina é aquela que se usa nas janelas para impedir a entrada de mosquitos, mas, é importante que a trama (furinhos) dessa tela não tenha o diâmetro maior que 1mm. => 

5° pegue dois grãos de arroz, e com a ajuda de uma colher,
esmague-os.
Depois coloque os pedacinhos dentro da parte de baixo da garrafa, que agora serve como um copo.


6° depois de ter colocado os pedacinhos de arroz esmagados dentro do copo (parte de baixo da garrafa), coloque o funil com a ponta virada para baixo até tampar a boca do copo.
Depois prenda o funil no copo usando fita isolante. Essa emenda deve ser vedada totalmente.
Não pode deixar nenhum vão nessa união. Se precisar dê duas voltas com a fita isolante, para prender e tampar bem a boca do copo com o funil.


7° Calcule mais ou menos o meio do copo, faça uma marca e preencha com água limpa até essa marca.
Pronto, sua Mosquitérica está pronta para ser usada.
Agora, onde colocar a mosquitérica?
Resposta: sempre na sombra. De preferência dentro de casa ou bem próximo, em local sombreado (lembre-se que os Aedes Aegypti são mosquitos domésticos, encontrados principalmente atrás de cortinas, móveis e em locais próximos ao chão).
IMPORTANTE: as fêmeas hematófagas dos mosquitos percebem onde está a fonte de alimento pelo calor emitido pelas partes descobertas do corpo, calor este detectado por cerdas anatômicas dos mosquitos que funcionam como sensores de infra -vermelho. Portanto, se alguém está com dengue e desenvolve febre é sinal que está com viremia (carga viral alta no sangue).
Com febre, a aura de infra vermelho do corpo é maior e, portanto, é melhor percebida pelas fêmeas, que ao sugarem o sangue dessas pessoas infectam-se e vão infectar outras pessoas.
Por isso, o uso de mosquiteiros nas camas de pacientes com suspeita de dengue deveria ser uma provIdência de caráter obrigatório!
Manutenção - Após uma semana de uso, é bem provável que já tenha alguma desova do mosquito na Mosquitérica.
Para que esses ovos “nasçam”, é preciso aumentar o nível da água. Então, coloque mais uns dois ou três centímetros de água.


Depois, com o tempo, o nível da água vai diminuindo (evaporando) até chegar novamente ao primeiro nível. Quando isso acontecer, você pode repetir o processo colocando mais água, ou descartar a água conforme as instruções a seguir:
Como fazer o descarte da água: Primeiro, agitar bem a Mosquitérica para matar (afogado) qualquer mosquito que tiver se desenvolvido dentro dela, depois abri-la retirando a fita isolante e despejar toda a água com os mosquitos mortos, larvas e etc. na terra, em um buraco com +/- 10cm de profundidade. Depois cubra esse buraco com a terra. Se não tiver chão de terra para fazer isso, pode ser em um vaso grande de +/- 20 litros ou maior.
Se não tiver terra, após agitar a água para “afogar” os mosquitos adultos presentes, coloque detergente na água, agite e observe as larvas morrerem, ficando imobilizadas. Então o líquido pode ser descartado no vaso sanitário.
Use sua Mosquitérica o tempo que for necessário, até perceber que não aparecem mais mosquitos nela, e confirmar que em sua região não existe mais nenhum caso de Dengue. Mas, lembre-se, nunca deixe nenhuma coisa que possa ficar com água parada e descoberta; só assim poderemos acabar com a proliferação desse mosquito transmissor de doenças sérias. 

ATENÇÃO:
Como em biologia não há nada absoluto, pode ocorrer de uma ou outra larva ficarem fora do padrão de tamanho, e com isso aparecerem no funil, acima da tela de microtule. Caso isto aconteça, é só descartar na terra e depois repor a água.
Por isso, não é só fazer a mosquitérica, mas faz parte do processo de cidadania responsável vigiá-la, pelo menos, a cada 3 dias.
Se a população abraçar essa causa, de forma unânime, em um mês acabaremos com os Aedes Aegypti em nosso ambiente.
Obs.: Esse manual contou com a colaboração da Profa. Maria Isabel Liberto, do Instituto de Microbiologia da UFRJ.
[FonteEscrito por: Vida Sustentável em Reciclagem Tags: # inseticidaNaturalPetSaúde



Um comentário:

Elaine Navarro disse...

isso é que é um trabalho de cidadania,exercer seu papel de cidadão em prol da sua comunidade,isso Zezito sabe fazer bem!!!parabénssssssssss